Sonny Rollins (1930-)

Theodore Walter "Sonny" Rollins nasceu a 30 de Setembro de 1930 em Nova Iorque (USA), tendo sido criado na zona do Harlem.
Rollins começou por aprender piano, quando criança, tendo mudado para o saxofone (alto) aos 13 anos de idade, sendo grandemente inspirado pelo saxofonista Louis Jordan. Aos 16 anos trocaria para o saxofone tenor, tentando seguir as pisadas do seu ídolo Coleman Hawkins.

Rollins começou as suas primeiras gravações com Babs Gonzalez em 1949, tendo gravado ainda nesse mesmo ano com J. J. Johnson e com Bud Powell.
Durante a década de 50 Rollins, ainda bastante novo, consolidaria o seu nome na cena Jazzistica de Nova Iorque, tocando com grandes nomes como Charlie Parker, Thelonious Monk e Miles Davis.

Seria com Miles (1951) que Rollins gravaria Oleo, musica da sua autoria, tornando-se esta um importante standard de jazz.

Durante a década de 50 Rollins estaria envolvido num caso de roubo, levando-o a ser condenado a 3 anos de prisão. Rollins esteve 10 meses preso na Rikers Island, sendo libertado em regime de liberdade condicional. Em 1952 foi novamente preso, devido a violar os termos da sua liberdade condicional ao consumir heroína.Após a sua segunda detenção Rollins inscreveu-se num programa de metadona, de forma a conseguir ver-se livre do vicio das drogas.

Em 1955 mudar-se-ia para Chicago, de forma a libertar-se das características negativas presentes no meio Nova Iorquino, e tocaria com Max Roach e com Clifford Brown. Seria neste período que Rollins começaria a se impor como musico, tocando com uma sonoridade mais marcante e pessoal e evoluindo bastante ao nível da improvisação.

Após a morte de Brown em 1956, Rollins iniciar-se-ia como band leader gravando o álbum Saxophone Colossus (contando com a presença de Max Roach) e Tenor Madness, onde tocaria com os elementos da banda de Miles Davis (a faixa homónima presente no álbum conta com a participação de Coltrane, sendo esta a primeira e única vez que os dois tenores tocariam juntos).

Rollins seria um pioneiro do Jazz, trabalhando sobre diversos estilos de musica, desde o bebop passando pela cena avant-gard e pela musica latina, como por exemplo o calipso (musica das caraíbas). Seria ainda um dos primeiros músicos a não integrar um piano nas sua bandas, tocando apenas com bateria e contra-baixo. O ambiente criado seria denominado de "Strolling". Destacam-se os álbuns Way Out West, A Night at the Village Vanguard e The Freedom Suite como exemplos desta fase na carreira do musico.

Em 1959 Rollins sentia-se bastante frustrado com a sua forma de tocar e o seu nível técnico decidindo fazer uma pausa na sua carreira. De forma a poder praticar o tempo que quisesse Rollins iria tocar para debaixo da ponte Williamsburg (Nova Iorque).

Em 1962 Rollins voltaria a tocar para o publico, gravando nesse mesmo ano o álbum The Bridge com Jim Hall (guitarra), Bob Cranshaw (baixo) e Ben Riley (bateria) e em 1966 a banda sonora do filme Alfie (tendo sido produzido um remake deste filme em 2004 com Jude Law).

No final da década de 60 Rollins iria novamente se ausentar para aprofundar os seus conhecimentos e criar novas ideias. Para tal Rollins estudou Yoga, técnicas de meditação e filosofia oriental. Quando regressou, em 1972 Rollins apresentava uma sonoridade completamente diferente, mais virada para o R&B, pop e funk.
Nesta fase Rollins incluiria guitarra eléctrica e baixo eléctrico nas suas formações, colaborando também com nomes do rock como os Rolling Stones.

Rollins durante a sua carreira ganhou diversos prémios, destacando-se um grammy de carreira em 2004, um grammy de melhor solo instrumental de Jazz em 2006 e os prémios dos leitores da Down Beat para "Jazzman of the Year", "#1 Tenor Sax Player" e "Recording of the Year" com o álbum "Without a song (the 9/11 concert)" em 2006.




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